“Nossa próxima revolução econômica será centrada na criatividade, na empatia e será dominada pelas mulheres.”

O fundador do Alibaba, Jack Ma, disse isso em Novembro passado, em Toronto, junto a vários outros insights de e-commerce que era esperado dele. Essa afirmação não é algo surpreendente, porém mostra que se deve dar mais atenção ao empreendedorismo feminino, não só no Canadá, mas no mundo inteiro.
Mulheres estão fundando empresas e startups num ritmo inédito. Nos Estados Unidos, elas são 40% dos novos empreendedores e no Canadá, 36% (Fonte: Business.com). Essa força tende a continuar crescendo, em diversas áreas – desde startups de tecnologia até pequenos negócios locais – até porque a formação continua crescendo vertiginosamente. No Canadá, em 1990, 43% delas tinham formação universitária. Hoje são 71%. (Fonte: The Balance)
Apesar disso, ainda são poucas mulheres que dão vida às suas ideias. Do total de empreendimentos médios e pequenos no Canadá, 64,6% são liderados por homens, enquanto que apenas 15,7% apenas por mulheres (Fonte: The Globe and The Mail). Se a força, as ideias e o avanço existem, quais ainda são os obstáculos para as mulheres empreenderem e o que está sendo feito para superá-los?
Incentivo a uma menor burocracia
Um estudo feito pelo Bank of Montreal, pela Carleton University, pelo Beacon Agency e pelo governo notou que ainda há muito incentivo a ser feito para ajudá-las a empreender em pequenos negócios (Fonte: The Canadian Press). O relatório nota que as empreendedoras estão desenvolvendo iniciativas inovadoras que contribuem muito para a economia canadense.
Porém, elas têm enfrentado obstáculos burocráticos que dificultam a regularização e reconhecimento de pequenos negócios. A maioria dos programas de assistência financeira a projetos inovadores associam inovação à tecnologia, mas não levam em consideração o quanto as mulheres estão expandindo essa inovação para outras áreas e funcionalidades. Summer Fresh, Mini Mioche e a William Standen Co. são algumas das empresas lideradas por mulheres fortes que expandiram o conceito de inovação sem associar necessariamente a tecnologia.

O estudo faz 40 recomendações ao governo, a instituições financeiras e às empreendedoras para simplificar os processos burocráticos e incentivar o crescimento desses negócios. O governo canadense tem procurado oportunidades para esse incentivo e parte do plano financeiro federal de 2018 foca na igualdade de gênero e no impulsionamento da participação feminina na força profissional do país.
Mais conhecimento e profissionalização
Apesar do potencial, atualmente não há um forte incentivo ao pensamento empreendedor, o que faz os jovens não enxergarem uma carreira na área de inovação. Para as mulheres, a situação é ainda mais difícil devido à falta de “role models” que possam se identificar.
As principais habilidades de um empreendedor são perceber problemas e criar soluções. Essas características, definitivamente, não são exclusivas à um gênero. Infelizmente, as fontes de conhecimento ainda são restritas, por serem dominadas por homens e, em grande parte, terem uma abordagem e comunicação masculina.
As incubadoras e aceleradoras ainda podem não parecer tão acolhedoras, mas esse cenário começa a mudar com a ajuda, o conselho e o suporte através de coaching periódico e mentoring que empreendedoras estão conseguindo ter. A Women’s Entrepreneurship Strategy, do Canadá, tem em um de seus quatro pilares principais o aprimoramento do conhecimento disponível para mulheres. Com isso, parte do plano financeiro 2018 do país também será dedicado a esse desenvolvimento de estratégias para derrubar essa barreira.
A busca pela igualdade salarial
A diferença salarial ainda é um obstáculo enorme no mundo inteiro. Mesmo em pequenos negócios e startups, ainda há barreiras de sexismo que precisam ser enfrentadas todos os dias. As canadenses sabem bem disso e começaram a abraçar movimentos para a mudança.
A província de Ontario é a primeira a dar um passo adiante em direção a implementação da transparência de pagamentos como parte de uma campanha de estratégias para construir um espaço profissional melhor e mais justo. A lei de transparência requerirá que empresas mostrem a compensação de salários em suas organizações e ajudará a aumentar a transparência em processos seletivos, mostrando às mulheres informações que ajudarão a fazer negociações mais justas com seus empregadores. Se passar, Ontario será pioneira na iniciativa.

Definitivamente, o Dia Internacional das Mulheres não é o único em que o assunto deva ser comentado. Outros países, como os Estados Unidos, Islândia e Nicarágua também tem dado passos importantes em direção à redução da desigualdade de gênero, mas o Canadá tem se mostrado um país forte para o avanço do empreendedorismo feminino. O governo tem mostrado iniciativas para capitalizar nesse potencial e inspirar as mulheres a tirarem suas ideias do papel e colocarem em ação, construindo negócios de grande sucesso. Existem programas de incentivo canadenses especialmente focado ao empreendedorismo feminino, oferecidos por instituições como o Bank of Canada e PARO Centre. Você pode verificar mais informações dos funding programs for women aqui. O resultado dessas iniciativas só poderá ser positivo: um ambiente de negócios mais justo, inclusivo e moderno.
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